O site
oficioso da candidata oficial à reitoria da UFPB e o seu “principal whiter”, Nostradamus Tabajara, não cansam de atentar
contra inteligência. A última postagem tenta passar a imagem de uma consulta
para reitor, em seu segundo turno, esvaziada. Para quem vive de sopro nos
ouvidos e sem auto capacidade reflexiva, Nostradamus apressadamente posta em
seu espaço virtual as pérolas produzidas.
Nostradamus
Tabajara não acertou qualquer previsão sobre a disputa para reitor da UFPB.
Escrevia sobre apoios de diretores de Centro como se estes fossem capazes de
mudar o espírito de mudanças que reina na UFPB. Tabajara, com seus búzios,
cartas e outros métodos adivinhativos não produziu nada que possa ser levado a
sério que não seja o seu descrédito crescente.
E para
não ter que admitir seus fiascos em análises, ele posta uma nova pérola na tentativa
de que esqueçam a outra infeliz redigida e divulgada anteriormente. A mais nova
diz respeito à participação da comunidade universitária no segundo turno da
escolha para reitor da UFPB. Nostradamus Tabajara se mostra ainda mais perigoso
em suas avaliações e comentários quando o assunto envolve aritmética.
A fonte
utilizada por Nostradamus para amparar seus argumentos é, por assim dizer,
compatível com a percepção dos fatos que tenta comentar e analisar. Senão
vejamos: “o
esvaziamento da eleição tratado pelos Experts da candidata Margareth como
vitória é contestada no mesmo tom por outros setores da UFPB, a exemplo do
professor Wilson Aragão, apontando 88% de abstenção – números esses que
desqualificam o processo de votação... Em
síntese, possa ser que Margareth reproduza aquele adágio famoso do bairro
da Torre, segundo o qual o apressado como cru. Às vezes, nem come.” (grifo
nosso para ressaltar a falta de criatividade)
Aritmética não é para todo mundo, Nostradamus. Senão
vejamos: a abstenção no primeiro turno foi de 66, 50%. Para clarear as ideias:
33 mil 117 pessoas deixaram de votar no primeiro turno, de um total de 49 mil
793 eleitores (incluindo-se os estudantes de educação à distância, entre oito e
10 mil espalhados em cidades da Paraíba e Estados vizinhos). A Abstenção parece gigante, não? Pela sua análise
sim, mas não é. Excluindo o segmento estudantil (que nunca vota massivamente e
sempre num percentual inferior a 30% do total). Os professores e funcionários
tiveram 13,8% e 13,9% de abstenção, respectivamente. Pronto, é só fazer um
esforço mínimo e já entenderás.
Dizer que 43% dos professores, 52% dos técnicos
administrativos e 5,7% dos estudantes representam 11% da comunidade
universitária é um crime à inteligência. Os segmentos possuem pesos distintos. Ainda assim se observa que Margareth obteve acréscimos
de votos entre docentes e funcionários. Deixamos o luto para as carpideiras que
ficaram no portão com um mantra que não foi seguido pela comunidade
universitária. Ou seja, a abstenção só foi ampliada em 20% em relação ao
primeiro turno. O resultado é pífio e deve ser creditado a quem a convocou, ou
seja, à candidata oficial. Para quem pensava em ser líder na UFPB esses dados
são cruéis.
A abstenção no primeiro turno, sem boicotes, sem chuvas e
sem as carpideiras, foi de 66,50% se levarmos em consideração os números
totais. Mas, não caiamos na artificialidade de pensar ou fazer crer que este
percentual representa a comunidade universitária. Isso representa que 13,8% dos
docentes, 13,9 dos técnicos administrativos e 73,5% dos estudantes se
abstiveram do processo. Não, senhor Nostradamus Tabajara, 66,50% de abstenção
não representa um alto índice para o primeiro turno. Se fosse assim, os
chorosos apoiadores do continuísmo não teriam o que dizer sobre abstenção e
sobre autonomia para o segundo turno da escolha do reitor da UFPB.
Pensar com a própria cabeça é tarefa difícil para
Nostradamus. Não é a toa que erra tanto em tantas análises e projeções. Vai
errar mais uma vez (postagem do dia 07 de junho de 2012). Mas vai continuar
tentando. Não tanto quanto o outro mais antigo Nostradamus, o médico nascido no
período renascentista (1503),
em Saint-Rémy-de-Provence, o Tabajara
pode acertar algumas de suas previsões, de suas análises.
Derval
Golzio
Prof.
UFPB