sexta-feira, 8 de junho de 2012

PREVISÕES CHABÚ: triste sina do Nostradamus Tabajara e suas análises e previsões publicadas no wccom.com.br


O site oficioso da candidata oficial à reitoria da UFPB e o seu “principal whiter”, Nostradamus Tabajara, não cansam de atentar contra inteligência. A última postagem tenta passar a imagem de uma consulta para reitor, em seu segundo turno, esvaziada. Para quem vive de sopro nos ouvidos e sem auto capacidade reflexiva, Nostradamus apressadamente posta em seu espaço virtual as pérolas produzidas.

Nostradamus Tabajara não acertou qualquer previsão sobre a disputa para reitor da UFPB. Escrevia sobre apoios de diretores de Centro como se estes fossem capazes de mudar o espírito de mudanças que reina na UFPB. Tabajara, com seus búzios, cartas e outros métodos adivinhativos não produziu nada que possa ser levado a sério que não seja o seu descrédito crescente.

E para não ter que admitir seus fiascos em análises, ele posta uma nova pérola na tentativa de que esqueçam a outra infeliz redigida e divulgada anteriormente. A mais nova diz respeito à participação da comunidade universitária no segundo turno da escolha para reitor da UFPB. Nostradamus Tabajara se mostra ainda mais perigoso em suas avaliações e comentários quando o assunto envolve aritmética.

A fonte utilizada por Nostradamus para amparar seus argumentos é, por assim dizer, compatível com a percepção dos fatos que tenta comentar e analisar. Senão vejamos: “o esvaziamento da eleição tratado pelos Experts da candidata Margareth como vitória é contestada no mesmo tom por outros setores da UFPB, a exemplo do professor Wilson Aragão, apontando 88% de abstenção – números esses que desqualificam o processo de votação... Em síntese, possa ser que Margareth reproduza aquele adágio famoso do bairro da Torre, segundo o qual o apressado como cru. Às vezes, nem come.” (grifo nosso para ressaltar a falta de criatividade)

Aritmética não é para todo mundo, Nostradamus. Senão vejamos: a abstenção no primeiro turno foi de 66, 50%. Para clarear as ideias: 33 mil 117 pessoas deixaram de votar no primeiro turno, de um total de 49 mil 793 eleitores (incluindo-se os estudantes de educação à distância, entre oito e 10 mil espalhados em cidades da Paraíba e Estados vizinhos). A Abstenção parece gigante, não? Pela sua análise sim, mas não é. Excluindo o segmento estudantil (que nunca vota massivamente e sempre num percentual inferior a 30% do total). Os professores e funcionários tiveram 13,8% e 13,9% de abstenção, respectivamente. Pronto, é só fazer um esforço mínimo e já entenderás.

Dizer que 43% dos professores, 52% dos técnicos administrativos e 5,7% dos estudantes representam 11% da comunidade universitária é um crime à inteligência. Os segmentos possuem pesos distintos. Ainda assim se observa que Margareth obteve acréscimos de votos entre docentes e funcionários. Deixamos o luto para as carpideiras que ficaram no portão com um mantra que não foi seguido pela comunidade universitária. Ou seja, a abstenção só foi ampliada em 20% em relação ao primeiro turno. O resultado é pífio e deve ser creditado a quem a convocou, ou seja, à candidata oficial. Para quem pensava em ser líder na UFPB esses dados são cruéis.

A abstenção no primeiro turno, sem boicotes, sem chuvas e sem as carpideiras, foi de 66,50% se levarmos em consideração os números totais. Mas, não caiamos na artificialidade de pensar ou fazer crer que este percentual representa a comunidade universitária. Isso representa que 13,8% dos docentes, 13,9 dos técnicos administrativos e 73,5% dos estudantes se abstiveram do processo. Não, senhor Nostradamus Tabajara, 66,50% de abstenção não representa um alto índice para o primeiro turno. Se fosse assim, os chorosos apoiadores do continuísmo não teriam o que dizer sobre abstenção e sobre autonomia para o segundo turno da escolha do reitor da UFPB.

Pensar com a própria cabeça é tarefa difícil para Nostradamus. Não é a toa que erra tanto em tantas análises e projeções. Vai errar mais uma vez (postagem do dia 07 de junho de 2012). Mas vai continuar tentando. Não tanto quanto o outro mais antigo Nostradamus, o médico nascido no período renascentista (1503), em Saint-Rémy-de-Provence, o Tabajara pode acertar algumas de suas previsões, de suas análises.
Derval Golzio
Prof. UFPB

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Vejam o que representa a Mobilidade Urbana da Prefeitura Municipal de João Pessoa, sob comandos do prefeito Luciano Agra, planejamento de Estelizabel e Emlur dirigida por Coriolano Coutinho: mato na calçada e entulho impedindo o tráfego de pedestres e automóveis. A rua Comp. Agustin Lara, exposta no vídeo, está situada no bairro do Cristo. Nem praça, nem mobilidade. Lixo e entulho.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012




Trabalhadores de serviços gerais de empresa terceirizada da Universidade Federal da Paraíba desempenham funções de servente de pedreiro e de pedreiro sem que seus salários correspondam aos pisos salariais da categoria. Creio que esta é uma violação aos direitos trabalhistas. O Ministério Público Federal bem que poderia atuar e autuar os responsáveis pela transgressão trabalhista na Universidade de Rômulo Polari e dos seus candidatos a reitor Lúcia Guerra e Creão.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Veículo do Governo do Estado em frente a uma importante escola de idiomas de João Pessoa, situada na Avenida Ruy Carneiro, às 15:30h , do dia 08 de fevereiro de 2012. Como o automóvel pertence a frota da Emater, como mostra a logomarca na porta, imagina-se que tenha ido tratar de umas das especies de algodão colorido ou de alguma variedade de vegetal  em estudo pelo órgão



domingo, 29 de janeiro de 2012

Estigmas e candidaturas à PMJP: sobre os currículos de Estelizabel e Nonato Bandeira junto aos Movimentos Sociais


A prática política do grupo liderado pelo governador Ricardo Coutinho sempre foi marcada pela imposição de estigmas: “fulano é ladrão, de direita, conservador” (usado em muitos casos para identificar os oponentes) e “nossa candidato(a) vem dos movimentos sociais” (fartamente empregado para enaltecer os seus). Nesse momento tentam guinar a candidata até então escolhida, jornalista Estelizabel Bezerra, como pertencente a uma casta de devotados ao bem comum. O problema é que o currículo da moça é muitíssimo limitado, por exemplo, se comparamos com o outro postulante à indicação da base aliada, o também jornalista Nonato Bandeira.

Primeiro, vamos ser corretos: a inteligência de Bandeira supera em muito as da sua oponente, seja no plano político, no acadêmico ou mesmo profissional. Não há como comparar. Se não fosse assim, o trabalho feito por Bandeira teria sido feito por Estelizabel. O articulador político que juntou os partidos e seus donos na “base aliada”, o responsável pela imagem do deputado Ricardo Coutinho, do prefeito e da Prefeitura de João Pessoa por quase duas gestões foi Nonato Bandeira. Enquanto isso, qual a atividade de Estelizabel que pode ser destacada para esta mesma fase? Participação no Caso Cuiá, avanços ilegais em Zonas de Preservação (como no caso do loteamento do José Américo), entre tantos outros que devem pipocar até as eleições. Estelizabel sujava o que Nonato tinha que limpar, para efeito de opinião pública. (ver documentos publicados no link http://telaarana.blogspot.com/2010/10/telarana-divulga-documentos-que.html)
E, se lembrarmos das fases anteriores a atuação nas gestões Ricardo Coutinho na Prefeitura ou no Governo do Estado, qual a participação de cada um? Como contribuíram com os Movimentos Sociais? O que defendiam desde a passagem pelos bancos da Universidade Federal da Paraíba? De Estelizabel é possível lembrar a vida mansa, embaixo dos pés de castanholas do antigo Departamento de Artes e Comunicação. Nas mesmas datas Nonato Bandeira se destacava como liderança estudantil, um dos mentores da autogestão no Centro Acadêmico do Curso de Comunicação Social e um dos grandes articuladores do Movimento Estudantil da Paraíba.
Na luta pelos interesses estudantis, Bandeira atuou decisivamente em alguns embates com o grupo Viração (PC do B), fortíssimo adversário no Movimento Estudantil. Entre as ações de maior visibilidade se pode extrair o caso Prac, caracterizado pela gratuidade do Restaurante Universitário à comunidade estudantil. Essa luta rendeu um processo na Justiça Federal que infernizou a vida de aproximadamente 25 estudantes, entre os mais destacados (sem querer ser desprestigioso com os demais integrantes) estavam Nonato Bandeira, Luiz Henrique e o hoje ator da Globo, Beto Quirino. Ato contínuo, o reitor eleito Antônio Sobrinho decreta a gratuidade dos serviços do Restaurante Universitário. Novamente ponto para Bandeira, já que a página dedicada por Estelizabel aos Movimentos Sociais, na mesma época, permaneceu em branco.
Ainda como estudantes de jornalismo é possível identificar outras incursões de Bandeira e as ausências de Estelizabel pelos Movimentos Sociais: vale lembrar a luta pela melhoria dos cursos de comunicação (em especial o de jornalismo) de todo o país. Nonato Bandeira, também nesse quesito, foi figura de proa conduzindo alguns debates e propondo algumas pautas nos Encontros Nacionais de Órgão Laboratoriais (Enol) que contribuíram significativamente para a melhora dos cursos de jornalismo.  Nas mesmas datas, o que fazia pensava ou produzia Estelizabel no seio dos Movimentos Sociais? Novamente temos uma página em branco em sua história.
Imediatamente concluída a passagem pela Universidade pelo Movimento Estudantil, Nonato Bandeira focou o Sindicato dos Jornalistas. As discussões sobre as condições de trabalho e de salários levaram a uma mobilização da categoria sem precedentes. Bandeira também foi destaque nas discussões e nas ações que conduziram à uma greve inédita e jamais repetida dos jornalistas. Por 16 dias os jornais paraibanos nutriram-se quase que exclusivamente de releases e de informações provenientes das Agências de Notícias. Na luta pela direção do Sindicato dos Jornalistas, Nonato criou o grupo “Querubins”, integrado por “focas” (iniciantes) dos jornais locais e lutou pela hegemonia do Sindicato. Bons tempos, saudáveis discussões e embates. Na mesma época, do outro lado do corner, impávida, Estelizabel e sua folha de contribuição permanecia branca, iniciando um leve amarelar pela ação do tempo.
Passadas as refregas com as direções dos jornais locais por melhores condições de trabalho e de salário, Nonato Bandeira se destaca como editor de alguns jornais. Sua atuação principal deu-se com os artistas locais. Os cadernos de cultura dos jornais onde atuou (Correio da Paraíba, O Norte e A União) pareciam ilhas de bom gosto dentro dos limitados conteúdos das demais editorias (política, polícia, esportes, etc.). Creio que os agentes culturais que atuavam nesta época podem atestar os espaços e o trato dos cadernos de Cultura editados por Nonato Bandeira.
Maduro e calejado pelas passagens no mundo do Movimento Estudantil, Sindical e profissional, Nonato Bandeira investe na Associação Paraibana de Imprensa -API. Eleito num movimento empolgante, sobretudo pela participação animada e aguerrida do baixo clero da imprensa, Bandeira aporta no Terraço da API um dos recantos de acolhida do Movimento Cultural. Shows musicais, recitais de poesias e uma infinita participação nas discussões mais gerais que clamava pela participação da API foram levadas a efeito. A sede da Associação Paraibana de Imprensa teve seus momentos de casa lotada, de efervescência político-cultural.
Para ser justo, nesta mesma época Estelizabel passou integrar o setor de cultura do Sesc, importante espaço de atuação cultural da cidade, comandado pelo jornalista Chico Noronha. Mas o papel de Estelizabel era secundário, de coadjuvante, como figura de popa e de pouco e efetivo destaque. Também integrou o Movimento de Mulheres, integrando a ONG “Cunhã: coletivo feminista”. Igualdade de tratamento de oportunidade para as mulheres eram algumas das causas defendidas. O direito das mulheres decidirem sobre seu próprio corpo (a luta pela legalização ou descriminalização do aborto) era a principal palavra de ordem de Estelizabel Bezerra. Não há como negar que era e continua sendo causa de alcance social, justamente quando sabemos que muitas mulheres morrem em virtude de abortos clandestinos realizados em garagens e clínicas de fundo de quintal. Descontadas as devidas proporções, Estelizabel marca ponto nesta luta.
O que não se admite é inflar a passagem de Estelizabel pelos chamados “Movimentos Sociais”. Sobretudo quando comparamos a passagem de Bandeira também pelos Movimentos Sociais. O que vale para a escolha do candidato não é o currículo vitae nos movimentos sociais. O que importa para Ricardo Coutinho é ter um “capacho prá chamar de seu” (plagiando Rubens Nóbrega). Neste quesito Nonato Bandeira perde feio, como perdeu na indicação como vice-prefeito na chapa do atual governador.
A capacidade de resignação de Bandeira é grande, mas não sei se esta segunda punhalada nas costas estará cicatrizada após a batida do martelo. Sobretudo porque Bandeira foi homem de confiança para gerir a imagem do ex-deputado, ex-prefeito e atual governador e de seus governos. Teve carta branca para buscar alianças entre partidos, amenizou o azedume que Ricardo Coutinho gozava com os empresários de comunicação do Estado, parecia ser um bom e fiel amigo. Mas, não serve para ser prefeito, segundo Ricardo Coutinho. Não serve porque não se dispõe a ser capacho, melhor dizendo.
Enquanto a disputa parece amena e com a possibilidade de mais uma vez presenciarmos a resignação de Nonato Bandeira, um silêncio tumular dos velhos e novos “companheiros” jornalistas campeia em terras Tabajaras.  Onde estará o companheirismo de colegas como Ruth Avelino, Agenilson Santana, Ednaldo Granadinha, Fernando Moura, Lívia Karol, entre tantos outros na defesa da candidatura de Nonato Bandeira à Prefeitura de João Pessoa?

domingo, 28 de novembro de 2010

MP dá a senha: demissão de 30 mil funcionários estaduais

Não é possível que seja intencional ou combinado o agendamento da demissão de 30 mil funcionários públicos estaduais. O Ministério Público (MP) é uma instituição séria e não se passaria a realizar este capricho para atender aos anseios do governador eleito Ricardo Coutinho. Independente da seriedade que os cidadãos dispensam ao MP é estranho que alguns de seus integrantes tenham, neste momento, sinalizado para a demissão de um contingente tão grande de não concursados do serviço público. É o mesmo que dizer que a Instituição foi inoperante nas duas últimas décadas quando o assunto é contratação sem o amparo do concurso público.
Mesmo sem acreditar que foi tudo combinado para aliviar os efeitos negativos que a demissão de um número tão acentuado de pessoas possa gerar, a senha foi muito bem aproveitada pelo governador recém eleito, Ricardo Coutinho. De fato, o agendamento do tema está estabelecido desde que o Procurador Oswaldo Trigueiro sugeriu ao governador Maranhão a dispensa de 30 mil destes funcionários sem amparo legal.
Mas, a indicação de demissão de forma simplista e sem que seja atribuída a proibição para novas contratações só facilitará ao novo governador substituí-los por uma nova leva de subalternos mais “integrados” à nova forma de administrar. Foi assim que aconteceu com a Prefeitura Municipal de João Pessoa e será desta forma com o Governo do Estado. A demissão estará justificada se não houver novas contratações. Se essa cláusula for estabelecida a agenda imposta pelo Ministério Público ganhará ares de seriedade. Do contrário será apenas uma senha para justificar a demissão de cerca de 30 mil destes integrantes do serviço público.
Vereador do Pagode – O frisson desencadeado pela sugestão de demissão dos funcionários do Estado pelo MP foi tão festejado que o vereador Bruno Farias, que propalou a célebre frase “ele não entra no meu pagode, não foi convidado”, arvorou-se em sugerir que a responsabilidade caberia ao Governador José Maranhão. Em seguida e mesmo estando a sua declaração gravada em vídeo, tentou desconversar e refazer a bobagem que havia proferido. Sugeriu que suas declarações faziam referência aos que não trabalham.
Para demitir ou dispensar do serviço público um funcionário não estável, não necessita que o MP diga o que tem que ser feito. Mas, não estranhe. Como o vereador Bruno Farias tem fama de tentar impedir que entrem em seu pagode sem ser convidado, para depois permitir que este não convidado não só entre como tome a cerveja mais gelada e diga a música com a qual ele deve dançar.... bateu pino.
Informações dos portais publicadas na semana davam conta que o governador eleito iria “fazer o possível para não demitir 15 mil funcionários”. Como se percebe, demissões ocorrerão, independente de haver ou não novas contratações. Neste domingo, dia 28 de novembro, um dos integrantes da equipe de transição, Walter Aguiar, sugere “conversa” com integrantes do Ministério Público sobre a questão das demissões sugeridas.
Ao mesmo tempo, os deputados também passam a discutir o assunto em plenário. Tudo caminha para uma justificativa assentada e imperiosa para o novo governador. Ricardo Coutinho, com base na conversa entre integrantes da equipe de transição e MP, nos debates entre parlamentares na Assembléia Legislativa e ainda no modo “republicano de governar”, passará a caneta e demitirá, talvez não 30 mil, ou 15, mas os últimos contratados do governo Maranhão. Estarão isentos das demissões os contratados no período Cássio Cunha Lima I e II, já que poderiam ferir os brios do ex governador.
No entanto, os 15 ou 10 mil demitidos abrirão caminho para as novas contratações, desta vez com o perfil mais “republicano” e mais engajado com a nova administração. O MP, seguramente, não perceberá a efetivação dessas substituições e, quem sabe, num futuro próximo, apontará a necessidade de demissões no serviço público estadual. A senha novamente se converterá em agenda e tudo recomeçará a ser discutido, sem que o problema seja efetivamente resolvido.  Mas o governante de plantão terá tempo suficiente para alojar os seus, substituindo contratados precariamente por uma nova leva de ávidos cidadãos que buscam engordar o orçamento familiar.

sábado, 20 de novembro de 2010

O ca$o Cá$$io Cunha Lima no STF e a sua vida de Playboy

A palavra final do Supremo Tribunal Federal(STF) sobre a aplicabilidade da Lei da Ficha Limpa poderá ser uma ótima oportunidade para os paraibanos saberem como alguém custeia seu estilo de vida. Quase dois anos depois de cassado, o ex governador Cássio Cunha Lima continua a exibir sua vida de playboy, quer em demoradas viagens pelos EUA, quer em incursões por São Paulo e Brasília. São dois anos vivendo das economias feitas durante longos anos de trabalho e agora arcar com o milionário pagamento das bancas advocatícias em plano estadual e nacional.
Vida custosa, com gastos republicanamente pouco explicáveis (diria o governador eleito) para um agente público que “não trabalha” há quase dois anos e, mesmo assim, consegue contratar alguns dos advogados mais caros do Estado e do país para tentar reverter o desfavorável quadro de sacá-lo da lista dos fichas suja que barrou alguns caciques da política nacional nas eleições 2010.
Não é um caso exclusivo esse do ex governador Cunha Lima. Mas, ele impressiona porque, como é sabido, não possui outras fontes de renda – quer como empresário, industrial,  advogado ou mesmo integrante do serviço público federal, estadual ou municipal – para explicar a vida nababesca que leva nos momentos de estio eleitoral ou revés judicial.
Por analogia é possível afirmar que as bancas advocatícias à disposição do ex-governador Cássio cobram cifras altas para desempenhar ações tão importantes. Tais valores cobrados mensalmente por alguns desses advogados na prestação de serviços ao Governo do Estado e suas autarquias ou Prefeitura Municipal - em determinados casos - estiveram fixados em custos superiores a 10 mil reais mensais. Para a importante missão de salvá-lo da condenação de ficha suja, os causídicos devam cobrar honorários semelhantes ou superiores.
Se o cidadão observa esses detalhes de gastos no plano nacional, a coisa é mais complicada. Nesta esfera, os defensores que gozam de reputação operam nestas causas com tarifas bem acima das praticadas pelos integrantes das bancas advocatícias estaduais. Isso reforça a analogia de que os gastos, com todas as formalidades processuais que envolvem caso tão importante (viagens, papelada, estudos de aplicação das leis, recursos os mais diversos), projetam uma ação milionária.
De onde vem tanto dinheiro? Da pensão vitalícia como ex-ocupante do cargo de Governador de Estado? Sinceramente é difícil explicar ou justificar. Só se os causídicos, no plano estadual ou nacional, estiverem trabalhando de forma gratuita, despretensiosa e altruísta. Do contrário e fazendo analogia com outros servidores públicos federais, cujos salários se aproximam dos vencimentos de um governador da Paraíba, é possível afirmar que as contas não batem.
Inexplicavelmente alguns recentes integrantes de cargos de confiança passam a adotar padrão elevado, muitas vezes superiores aos que seus vencimentos podem proporcionar. Isso é que faz do serviço público um espaço didático sem precedentes: moradias amplas e caras, automóveis impressionantes entre outros sinais de ascensão social mais que aparentes dão a tônica. Em breve poderemos ter um desses gestores públicos indicados para o Prêmio Nobel de Economia.





terça-feira, 16 de novembro de 2010

Luiz Couto: segurança pública do estado não é sua prioridade

PB: muito crime para pouco Sherlock

 A negativa do deputado Luiz Couto em assumir a Secretaria de Segurança do Estado (mesmo antes de ser convidado) mostra que a preocupação do parlamentar com a área é apenas discursiva. Ação prá valer, nada. Não é de estranhar para um deputado que está sempre a fazer denúncia sobre formação de quadrilha, sobre prostituição infantil, grupos de extermínio e nunca  mencionou um único nome de integrante.
Couto sabe que essa é uma área difícil e, em entrevista ao WSCom, descartou qualquer possibilidade de assumir a pasta da Segurança Pública. Ele ainda argumentou que existem pessoas mais preparadas para o cargo. Parece uma atitude despretensiosa, mas a falta de compromisso para uma área que parece entender. Mais: o deputado dá a entender que a partir de janeiro teremos uma polícia eficaz e que os paraibanos podem despreocupar de carros estacionados em lugares públicos, dos seguranças privados para a vigilância das casas, do ir e vir dos filhos dos colégios ou locais de diversão, etc.
O termo “parece dominar” remetido ao deputado Couto, é bem verdade, traz consigo embutido uma dúvida. Mas, explica-se. Ele nem sempre deu bons sinais de compreensão para com questões de Segurança Pública e em pelo menos um caso sua atuação foi desastrosa. O leitor deve lembrar de uma visita que Luiz Couto realizou a uma fonte de informação sobre grupos de extermínio na região do Conde e Alhandra, juntamente com uma figurona internacional dos Direitos Humanos. O parlamentar fez questão de alardear para a imprensa a visita da autoridade internacional e, com seus guarda costas da Polícia Federal, fez questão de levá-la para “dialogar” com a testemunha.
Pouquíssimo tempo depois o autor das denúncias visitado por Couto e pela figurona dos Direitos Humanos foi assassinada. Não dispunha do mesmo aparato protetor nem os mesmos guarda-costas fornecidos pelo Governo Federal, muito menos da Secretária de Segurança da gestão Cunha Lima, o filho.  No afã de exibir o problema, o deputado integrante da Comissão Nacional esqueceu que o procedimento mais indicado para o caso era o anonimato da fonte. Couto nem sequer apelou para o serviço de proteção a testemunha e o resultado é sabido, embora pouco comentado. Um desastre.
De todos os modos é importante saber a importância que Luiz Couto dispensa a Segurança Pública do Estado, ao recusar-se, por antecipação, a um possível convite do governador eleito, Ricardo Coutinho. Por enquanto o placar é de vantagem para a insegurança. Mas, é importante ressaltar que também o futuro governador não fez o convite, o que deixa a situação da Segurança Pública ainda a descoberto.
Bandidos não esperam. O cidadão não pode esperar. Couto e o governador eleito serão responsabilizados por tudo que aconteça no campo da Segurança Pública. O primeiro por recusar-se a contribuir assumindo a pasta, o segundo por ser o comandante em chefe. Um e outro por terem feito os paraibanos acreditarem que viveriam seus melhores momentos de paz no reino dos homens da pequena Paraíba.