PB: muito crime para pouco Sherlock |
Couto sabe que essa é uma área difícil e, em entrevista ao WSCom, descartou qualquer possibilidade de assumir a pasta da Segurança Pública. Ele ainda argumentou que existem pessoas mais preparadas para o cargo. Parece uma atitude despretensiosa, mas a falta de compromisso para uma área que parece entender. Mais: o deputado dá a entender que a partir de janeiro teremos uma polícia eficaz e que os paraibanos podem despreocupar de carros estacionados em lugares públicos, dos seguranças privados para a vigilância das casas, do ir e vir dos filhos dos colégios ou locais de diversão, etc.
O termo “parece dominar” remetido ao deputado Couto, é bem verdade, traz consigo embutido uma dúvida. Mas, explica-se. Ele nem sempre deu bons sinais de compreensão para com questões de Segurança Pública e em pelo menos um caso sua atuação foi desastrosa. O leitor deve lembrar de uma visita que Luiz Couto realizou a uma fonte de informação sobre grupos de extermínio na região do Conde e Alhandra, juntamente com uma figurona internacional dos Direitos Humanos. O parlamentar fez questão de alardear para a imprensa a visita da autoridade internacional e, com seus guarda costas da Polícia Federal, fez questão de levá-la para “dialogar” com a testemunha.
Pouquíssimo tempo depois o autor das denúncias visitado por Couto e pela figurona dos Direitos Humanos foi assassinada. Não dispunha do mesmo aparato protetor nem os mesmos guarda-costas fornecidos pelo Governo Federal, muito menos da Secretária de Segurança da gestão Cunha Lima, o filho. No afã de exibir o problema, o deputado integrante da Comissão Nacional esqueceu que o procedimento mais indicado para o caso era o anonimato da fonte. Couto nem sequer apelou para o serviço de proteção a testemunha e o resultado é sabido, embora pouco comentado. Um desastre.
De todos os modos é importante saber a importância que Luiz Couto dispensa a Segurança Pública do Estado, ao recusar-se, por antecipação, a um possível convite do governador eleito, Ricardo Coutinho. Por enquanto o placar é de vantagem para a insegurança. Mas, é importante ressaltar que também o futuro governador não fez o convite, o que deixa a situação da Segurança Pública ainda a descoberto.
Bandidos não esperam. O cidadão não pode esperar. Couto e o governador eleito serão responsabilizados por tudo que aconteça no campo da Segurança Pública. O primeiro por recusar-se a contribuir assumindo a pasta, o segundo por ser o comandante em chefe. Um e outro por terem feito os paraibanos acreditarem que viveriam seus melhores momentos de paz no reino dos homens da pequena Paraíba.
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