sábado, 20 de novembro de 2010

O ca$o Cá$$io Cunha Lima no STF e a sua vida de Playboy

A palavra final do Supremo Tribunal Federal(STF) sobre a aplicabilidade da Lei da Ficha Limpa poderá ser uma ótima oportunidade para os paraibanos saberem como alguém custeia seu estilo de vida. Quase dois anos depois de cassado, o ex governador Cássio Cunha Lima continua a exibir sua vida de playboy, quer em demoradas viagens pelos EUA, quer em incursões por São Paulo e Brasília. São dois anos vivendo das economias feitas durante longos anos de trabalho e agora arcar com o milionário pagamento das bancas advocatícias em plano estadual e nacional.
Vida custosa, com gastos republicanamente pouco explicáveis (diria o governador eleito) para um agente público que “não trabalha” há quase dois anos e, mesmo assim, consegue contratar alguns dos advogados mais caros do Estado e do país para tentar reverter o desfavorável quadro de sacá-lo da lista dos fichas suja que barrou alguns caciques da política nacional nas eleições 2010.
Não é um caso exclusivo esse do ex governador Cunha Lima. Mas, ele impressiona porque, como é sabido, não possui outras fontes de renda – quer como empresário, industrial,  advogado ou mesmo integrante do serviço público federal, estadual ou municipal – para explicar a vida nababesca que leva nos momentos de estio eleitoral ou revés judicial.
Por analogia é possível afirmar que as bancas advocatícias à disposição do ex-governador Cássio cobram cifras altas para desempenhar ações tão importantes. Tais valores cobrados mensalmente por alguns desses advogados na prestação de serviços ao Governo do Estado e suas autarquias ou Prefeitura Municipal - em determinados casos - estiveram fixados em custos superiores a 10 mil reais mensais. Para a importante missão de salvá-lo da condenação de ficha suja, os causídicos devam cobrar honorários semelhantes ou superiores.
Se o cidadão observa esses detalhes de gastos no plano nacional, a coisa é mais complicada. Nesta esfera, os defensores que gozam de reputação operam nestas causas com tarifas bem acima das praticadas pelos integrantes das bancas advocatícias estaduais. Isso reforça a analogia de que os gastos, com todas as formalidades processuais que envolvem caso tão importante (viagens, papelada, estudos de aplicação das leis, recursos os mais diversos), projetam uma ação milionária.
De onde vem tanto dinheiro? Da pensão vitalícia como ex-ocupante do cargo de Governador de Estado? Sinceramente é difícil explicar ou justificar. Só se os causídicos, no plano estadual ou nacional, estiverem trabalhando de forma gratuita, despretensiosa e altruísta. Do contrário e fazendo analogia com outros servidores públicos federais, cujos salários se aproximam dos vencimentos de um governador da Paraíba, é possível afirmar que as contas não batem.
Inexplicavelmente alguns recentes integrantes de cargos de confiança passam a adotar padrão elevado, muitas vezes superiores aos que seus vencimentos podem proporcionar. Isso é que faz do serviço público um espaço didático sem precedentes: moradias amplas e caras, automóveis impressionantes entre outros sinais de ascensão social mais que aparentes dão a tônica. Em breve poderemos ter um desses gestores públicos indicados para o Prêmio Nobel de Economia.





Nenhum comentário:

Postar um comentário