quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

“Isso é desespero, nós não estamos mais no tempo do eu quero, posso e mando”


A frase do prefeito Ricardo Coutinho (PSB), para criticar a iniciativa do Governo do Estado de realizar réveillon com a Banda Calypso demonstra uma inversão na aplicação e, assim como na música “narciso acha feio o que não é espelho. Tanto para as festas de Fim de Ano, quanto para a construção de via com elevado ligando as avenidas Beira Rio, Epitácio Pessoa e Ruy Carneiro, inexistiu imposição por parte do Governo do Estado. Em ambos os casos, a liturgia foi mantida através da solicitação à Prefeitura Municipal de João Pessoa.

O grande problema é que os auxiliares do prefeito da Capital estão impondo uma série de desmentidos a Ricardo Coutinho. Senão vejamos: a Prefeitura já havia autorizado a realização da festa de réveillon pretendida pelo Governo do Estado. Pelo que falou e fala, o alcaide desconhecia que os seus auxiliares já haviam autorizado a realização da festa do Calypso. Ao priorizar as viagens ao interior do Estado e não possuir auxiliares com capacidade comprovada para substituí-lo a altura (à exceção de Nonato Bandeira), os desencontros entre o que o Prefeito fala e o que determinam seus auxiliares (alguns muito próximos, como é o caso do vice prefeito) se avolumam.

Ao dizer não à construção da via de ligação entre as avenidas Beira Rio, Epitácio Pessoa e Ruy Carneiro pretendida pelo Governo do Estado, o prefeito de João Pessoa também demonstra ao cidadão exacerbado grau de desespero. Neste caso, as negativas do alcaide (para a construção) revelam certa ciumeira, já que a obra terá suas bases em três importantes vias de tráfego, mostrando à população da cidade e aos visitantes a presença do Governo do Estado na solução de problemas, (caótico trânsito) na cidade de João Pessoa.

A entrevista convocada pelo secretário de Estado do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Ciência e Tecnologia, Francisco Sarmento foi esclarecedora para a população. Ele desmontou um a um os argumentos do prefeito da Capital: Mais que isso, mostrou que o prefeito já não tem o mesmo conhecimento do que passa na Administração Municipal. Seguramente, Ricardo Coutinho, não cometeria o equivoco de dizer que o Governo do Estado não tinha projeto nem licença ambiental se não estivesse desinformado.

Outra explicação (que não seja a desinformação do prefeito) pode ser encontrada nas companhias adotadas nos últimos meses e, em particular, Efraim Morais e o partido do Demo. Coutinho partiu para “endurecer e perder a ternura” e entrou no jogo da mais baixa e desprezível picuinha. Ao mostrar que o vice-prefeito tinha conhecimento do projeto desde outubro e exibir a licença ambiental, Francisco Sarmento devolveu para Coutinho a frase. “Isso é desespero, nós não estamos mais no tempo do eu quero, posso e mando”.

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