terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A noite do Fest Aruanda e as promessas culturais eleitorais

A noite de abertura do Fest Aruanda foi marcada por um desfile de autoridades e de seus respectivos séquitos. Alguns estavam presentes para garantir os aplausos tão necessários aos mandatários, quer da esfera municipal ou estadual. Foi também a oportunidade de exibir as becas mais recentes e fazer-se “indispensável” aos olhos dos chefes. O filme, Lula: o filho do Brasil, até então, foi apenas um detalhe.

O filme de estréia quase não começa. Os discursos quase castristas proferidos pelo organizador e idealizador do evento, professor Lúcio Vilar, Prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), Reitor Romulo Polari e Governador José Maranhão (a ordem está posta pelo tempo que discorreram feitos e promessas) fizeram atrasar ainda a exibição do filme de estréia do Festival.

A julgar pelo que foi prometido, a Paraíba poderá ter o cenário cultural ampliado em zilhões de vezes: escolas de música, de talentos (?), auditório de médio porte, com capacidade para mil e 200 lugares (para apresentação de bandas e sinfônicas) fizeram parte do leque de possibilidades culturais para o próximo ano.
O governador José Maranhão, ao informar da plena recuperação do Cine Banguê (abandonada na gestão Cássio Cunha Lima), bateu com luvas de pelica a cara dos que propagam uma aliança redentora das oposições para o Estado. Mas também não deixou de fazer promessas, como candidato a reeleição.

No entendimento de muitos, basta que os propalados Fundos de Incentivo à Cultura funcionassem para que a produção cultural do Estado fosse ampliada e, sobretudo, divulgada. O que se diz neste final de ano não conta muito, afinal de contas, em vésperas de eleições, o céu é o limite para efeito de promessas. O que a população deve levar em consideração os orçamentos destinados à cultura em momentos imediatamente posteriores aos anos eleitorais.

Contabilizados os investimentos em anos “comuns” podemos ter uma idéia do falastrão que alguns costumam ser. Eis um bom exercício para críticos e jornalistas do setor cultural paraibano.

Um comentário:

  1. Nesse aspecto, pode-se dizer que Ricardo Coutinho sai na frente... ou não?
    Ótimo que o Banguê voltou a funcionar; pena que não seja tão divulgado... Na vez que fui, tinha uns seis gatos pingados =/

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