Surpreendente ouvir numa emissora de rádio local(quarta feira, 25/11) a secretária municipal de Educação da cidade de João Pessoa,Dra. Ariane Sá, falar da realização de cursos para jovens e adultos e perceber que muitos deles "deverão ocorrer levando em consideração a vocação empreendedora do bairro: sapateiro, marceneiro,etc". Já ouviram falar coisa tão absurda?!!!!!
Os moradores dos bairros de João Pessoa possuem vocação profissional.Isso é surpreendente. Quero saber qual é a vocação encontrada no Cristo. Qual a vocação de bairros como o Rangel, Mangabeira, Tambaú. A separação de classes será posta em prática através das qualidades vocacionais? Que bairros estarão mais vocacionados para a sapataria e quais os que comportam melhor os encanadores, cabelereiros, etc.
Quem faz este tipo de pesquisa para a Prefeitura de João Pessoa?!!! Estas que identificam a vocação profissional dos moradores do bairros, como disse a secretária. Pior é que a entrevista parecia tão "encomendada" que os radialistas não deram a mínima para tamanha baboseira.
Não é prá menos. Aqui,em terras tabajaras, algumas emissoras resolveram investir na pirataria radiofônica e contratam clones de outras emissoras. Com o agravante de tentar passar a idéia de contraponto aos clonados. Cruel, muito cruel. Perguntas que devem ter sido feitas pela assessoria da Secretaria Municipal da Educação para que a secretária respondesse!!!!
Vou pedir a pesquisa que originou as declarações da Dra. Ariane Sá. Quem sabe não encontro minha vocação.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
CUIDADO COM A IRA DE LUIZ COUTO!!! ELE É BOM DE SOCOS
A inconsistência discursiva e a prática política interna do deputado federal Luiz Couto tem se deteriorado e agravado nos últimos anos. Agora, quando não quer reconhecer o resultado do Processo de Eleição Direta (PED) para a direção do PT, o padre deputado dá uma demonstração clara de como não adotar princípios religiosos cristãos apregoados pela Igreja Católica Apostólica Romana entre eles a humildade.
Sem qualquer fundamento ou prova, Couto, quando percebeu que seu projeto (que se choca com a indicação nacional) seria derrotado no PED, resolveu antecipar a desculpa da cooptação e compra de votos.Desprovido de humildade, o deputado federal petista quer implementar a estratégia da “terra arrasada”, que implica em destruir tudo que havia sido erguido no PT paraibano: ruim comigo, pior com qualquer outro.
Ao agir dessa forma, Luiz Couto pensa que os vencedores no pleito do domingo (22/11) não terão reconhecidas a vitória das urnas. Pelo menos não extramuros petista. Fato parecido ocorreu no processo que antecedeu a escolha da pré-candidatura petista de 2000. Ricardo Coutinho (inda no PT) gozava de mais densidade eleitoral e tinha respaldo na população. Couto e companhia inviabilizaram a candidatura de Coutinho. A refrega foi parar na Polícia quando o padre/deputado atingiu a face d Ricardo com um soco.
As frases da época (abaixo) ilustram bem o comportamento de Luiz Couto: pouca ou nenhuma humildade (tanto que só pediu desculpas a Ricardo Coutinho) agora, em 2009, quando muitos dos seus estão aboletados em cargos da PMJP). Couto não é de dar a outra face, mas de buscá-la para aplicar bofetes. Portanto, cuidado Rodrigo. A ira do padre é conhecida. Tu, que dele fostes companheiro inseparável, bem o sabes.
1) “Eu não agredi Ricardo. Ele está mentindo. Apenas tomei um panfleto que ele estava distribuindo”
Luis Couto contesta Ricardo Coutinho, que havia prestado queixa contra Couto por agredi-lo fisicamente com um soco no rosto (Helder Moura, em 06/06/2000, pag 05)
2) “Quem pariu a candidatura de Couto deve parir também seu vice.”
Resposta de Ricardo Coutinho a provocação de que indicaria o candidato a vice de Luiz Couto, após ser preterido como candidato a prefeito de João Pessoa pelo grupo comandado pelo atual presidente do Sebrae/PB, Júlio Rafael (“Judas Rafael”), em 21/06/2000, pag 03.
3) “Só apoio uma candidatura nestas eleições que seja, verdadeiramente, de oposição ao prefeito Cícero Lucena. Este grupo que controla o PT, o grupo de Luiz Couto, nunca fez oposição ao PMDB do R (grupo Cunha Lima da qual o prefeito Cícero Lucena faz parte).”
Declaração do então deputado Ricardo Coutinho (PT) à jornalista Learth, em 2000, (pág 05 do Correio da Paraíba).
Sem qualquer fundamento ou prova, Couto, quando percebeu que seu projeto (que se choca com a indicação nacional) seria derrotado no PED, resolveu antecipar a desculpa da cooptação e compra de votos.Desprovido de humildade, o deputado federal petista quer implementar a estratégia da “terra arrasada”, que implica em destruir tudo que havia sido erguido no PT paraibano: ruim comigo, pior com qualquer outro.
Ao agir dessa forma, Luiz Couto pensa que os vencedores no pleito do domingo (22/11) não terão reconhecidas a vitória das urnas. Pelo menos não extramuros petista. Fato parecido ocorreu no processo que antecedeu a escolha da pré-candidatura petista de 2000. Ricardo Coutinho (inda no PT) gozava de mais densidade eleitoral e tinha respaldo na população. Couto e companhia inviabilizaram a candidatura de Coutinho. A refrega foi parar na Polícia quando o padre/deputado atingiu a face d Ricardo com um soco.
As frases da época (abaixo) ilustram bem o comportamento de Luiz Couto: pouca ou nenhuma humildade (tanto que só pediu desculpas a Ricardo Coutinho) agora, em 2009, quando muitos dos seus estão aboletados em cargos da PMJP). Couto não é de dar a outra face, mas de buscá-la para aplicar bofetes. Portanto, cuidado Rodrigo. A ira do padre é conhecida. Tu, que dele fostes companheiro inseparável, bem o sabes.
1) “Eu não agredi Ricardo. Ele está mentindo. Apenas tomei um panfleto que ele estava distribuindo”
Luis Couto contesta Ricardo Coutinho, que havia prestado queixa contra Couto por agredi-lo fisicamente com um soco no rosto (Helder Moura, em 06/06/2000, pag 05)
2) “Quem pariu a candidatura de Couto deve parir também seu vice.”
Resposta de Ricardo Coutinho a provocação de que indicaria o candidato a vice de Luiz Couto, após ser preterido como candidato a prefeito de João Pessoa pelo grupo comandado pelo atual presidente do Sebrae/PB, Júlio Rafael (“Judas Rafael”), em 21/06/2000, pag 03.
3) “Só apoio uma candidatura nestas eleições que seja, verdadeiramente, de oposição ao prefeito Cícero Lucena. Este grupo que controla o PT, o grupo de Luiz Couto, nunca fez oposição ao PMDB do R (grupo Cunha Lima da qual o prefeito Cícero Lucena faz parte).”
Declaração do então deputado Ricardo Coutinho (PT) à jornalista Learth, em 2000, (pág 05 do Correio da Paraíba).
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
PED no PT: Luis Couto/Ricardo Coutinho perdem para Rodrigo Soares/Zé Maranhão
Muita bobagem rolou, muita baboseira foi dita na busca pelo voto para a presidência do PT na Paraíba. Muito energúmeno, como Jackson Macedo, alardeou que o resultado seria uma prévia das eleições para Governo do Estado em 2010. Sua declaração a um dos veículos de comunicação local quando ainda pensava na possibilidade da vitória do deputado federal Luis Couto deve ganhar novos contornos ou gerar desmentidos após o resultado do PED petista.
Seguramente, Macedo deve voltar atrás na sua declaração ou, o que parece ser a cantinela mais usual dos perdedores no processo eleitoral do Partido dos Trabalhadores, tentar descredenciar a vitória do deputado estadual Rodrigo Soares. Para tanto, a desculpa da compra de votos, da cooptação pelo Governo do Estado através da ocupação de cargos no Executivo estadual (mesmo sendo o vice-governador um petista), deve ser apontada como causa da derrocada.
O fato é que a tese do novo capitaneada por Couto para justificar o apoio antecipado à pré-candidatura do prefeito Ricardo Coutinho (PSB) ainda está longe de ser digerida, sobretudo pela proximidade do alcaide com os Cunha Lima e com o senador democrata, Efraim Morais. Pior. Ainda está pouco explicada a ausência de PSB na formação do governo Maranhão, já que participou do plano de governo e da busca de votos na campanha eleitoral de 2006.
Couto, que já havia agredido Ricardo Coutinho com um soco em processo de escolha da candidatura para prefeito da Capital pelo PT, no ano de 2000, começa a ganhar notabilidade pela ausência de coerência discursiva. Logo ele, um árduo crítico de Coutinho (achava-o personalista, um destoante no PT, individualista, etc., passou a incorporar o pensamento do prefeito de João Pessoa quando teve alguns de seus colaboradores mais diretos alçados para cargos na máquina administrativa do executivo pessoense.
O que é mais trágico é que Luis Couto foi um dos que apoiaram a candidatura de Zé Maranhão ao Governo do Estado. A estratégia de campanha centro fogo na estagnação econômica e social provocada pelo governador (agora cassado) Cássio Cunha Lima (PSDB). Portanto, não estranhe se Couto partir para a estratégia conhecida como “terra arrasada”, ou seja, já que suas propostas foram desconsideradas pela maioria dos filiados do PT na Paraíba, o melhor é desconhecer o resultado, alegar compra de votos, cooptação pelo governo do Estado (como se não o fosse).
Luis Couto e Rodrigo Soares integram a mesma tendência, estiveram em dobradinha para deputado federal/estadual nas duas últimas eleições proporcionais, integram a diretoria do partido, enfim, unha e carne. As diferenças são recentes. Ricardo Coutinho iniciou a cooptação de parte do Partido dos Trabalhadores, mais precisamente do grupo de Couto, integrando-os no Executivo municipal. Deixou de fora os que integravam e defendem a reeleição do governador Maranhão.
Como a disputa eleitoral foi pautada pelo discurso que apontava qual o caminho do PT nas eleições 2010, venceram Rodrigo Soares e os que defendem a manutenção da aliança firmada em 2006. Venceu a tese do Projeto Nacional com base na aliança PT/PMDB. E o governador Maranhão, de quebra, marcou mais um tento.
Seguramente, Macedo deve voltar atrás na sua declaração ou, o que parece ser a cantinela mais usual dos perdedores no processo eleitoral do Partido dos Trabalhadores, tentar descredenciar a vitória do deputado estadual Rodrigo Soares. Para tanto, a desculpa da compra de votos, da cooptação pelo Governo do Estado através da ocupação de cargos no Executivo estadual (mesmo sendo o vice-governador um petista), deve ser apontada como causa da derrocada.
O fato é que a tese do novo capitaneada por Couto para justificar o apoio antecipado à pré-candidatura do prefeito Ricardo Coutinho (PSB) ainda está longe de ser digerida, sobretudo pela proximidade do alcaide com os Cunha Lima e com o senador democrata, Efraim Morais. Pior. Ainda está pouco explicada a ausência de PSB na formação do governo Maranhão, já que participou do plano de governo e da busca de votos na campanha eleitoral de 2006.
Couto, que já havia agredido Ricardo Coutinho com um soco em processo de escolha da candidatura para prefeito da Capital pelo PT, no ano de 2000, começa a ganhar notabilidade pela ausência de coerência discursiva. Logo ele, um árduo crítico de Coutinho (achava-o personalista, um destoante no PT, individualista, etc., passou a incorporar o pensamento do prefeito de João Pessoa quando teve alguns de seus colaboradores mais diretos alçados para cargos na máquina administrativa do executivo pessoense.
O que é mais trágico é que Luis Couto foi um dos que apoiaram a candidatura de Zé Maranhão ao Governo do Estado. A estratégia de campanha centro fogo na estagnação econômica e social provocada pelo governador (agora cassado) Cássio Cunha Lima (PSDB). Portanto, não estranhe se Couto partir para a estratégia conhecida como “terra arrasada”, ou seja, já que suas propostas foram desconsideradas pela maioria dos filiados do PT na Paraíba, o melhor é desconhecer o resultado, alegar compra de votos, cooptação pelo governo do Estado (como se não o fosse).
Luis Couto e Rodrigo Soares integram a mesma tendência, estiveram em dobradinha para deputado federal/estadual nas duas últimas eleições proporcionais, integram a diretoria do partido, enfim, unha e carne. As diferenças são recentes. Ricardo Coutinho iniciou a cooptação de parte do Partido dos Trabalhadores, mais precisamente do grupo de Couto, integrando-os no Executivo municipal. Deixou de fora os que integravam e defendem a reeleição do governador Maranhão.
Como a disputa eleitoral foi pautada pelo discurso que apontava qual o caminho do PT nas eleições 2010, venceram Rodrigo Soares e os que defendem a manutenção da aliança firmada em 2006. Venceu a tese do Projeto Nacional com base na aliança PT/PMDB. E o governador Maranhão, de quebra, marcou mais um tento.
sábado, 21 de novembro de 2009
Cícero Lucena: “tenho a humildade, a paciência e a obstinação do Peregrino”
Parecia desfile de comitê político em vésperas de eleição. Aos poucos, uma comitiva de vereadores, deputados estaduais e federais, uma penca de assessores e meia dúzia de jornalistas acompanhava ou seguia o senador Cícero Lucena (PSDB) e se aboletava em algumas das mesas do restaurante Tererê, na tarde de sábado (20/11).
De longe observava a movimentação e pude perceber que o deputado federal Rômulo Gouveia, ao contrário do que supunha (a partir de declarações e passeios realizados com o prefeito da Capital por cidades do interior) parecia confortável com a proximidade do senador e pré-candidato, Lucena. Não houve fotos “surpresa” para mostrar o quanto estão ou poderão estar próximos. Não era uma relação “armada”, encenada, como a que foi traduzida na Festa do Coco, em Sousa.
Encerrada a refeição, quando ainda sorvíamos os últimos goles do néctar chileno “Cassillero del Diablo”, o anfitrião do almoço e colega do Departamento de Mídias Digitais da UFPB, Saint Clair Avelar nos apresenta (a mim e ao professor Olavo Mendes) ao senador. Terminadas as preliminares comuns às apresentações, o assunto da política entrou (ou voltou) a ser pauta.
Tranquilo, o Senador Lucena garante a candidatura ao governo do Estado nas eleições de 2010. E disse isso com a “serenidade e perseverança de peregrino”, que sabe das suas condições de concorrente e tem metas e objetivos traçados. “Um trecho por vez, como no Caminho de Santiago de Compostela”, Cícero garante “derrubar” ou vencer os obstáculos. O cansaço natural do longo trajeto será transformado em combustível para a jornada eleitoral.
Mas o senador do PSDB e pré-candidato não falou apenas da sua paciência de peregrino para com as agruras impostas por alguns dos companheiros(?) mais próximos. Falou do relacionamento com parte de imprensa e, sobretudo, das punhaladas que alguns velhos convivas tentam estocar-lhe nas costas. Mas, sobre estes temas e outros mais picantes o zeloso assessor de imprensa e competente, Carlos Cesar, pediu reservas e “off record”. E, de verdade, o clima não era nem pretendia ser de entrevista.
Os assuntos se misturaram entre as delícias do Caminho de Santiago e os desafios que pretende enfrentar e vencer. Acredita, como todo crente, na convivência do velho grupo político e sentenciou: juntos, seguramente estaremos no segundo turno e venceremos a eleição. Mas, se não for possível estarmos todos no mesmo palanque, seguramente contarei com parte significativa de companheiros e de partidos importantes.
Cícero Lucena é candidato com apoio da direção nacional do PSDB e de parte importante de seu partido na Paraíba. Os 14% registrados na pesquisa do Ibope que traduziu 101% (?) de intenções de votos nos três candidatos ao Governo da Paraíba, se procedentes, reforçam a força que detém junto ao eleitorado. Isso porque não conta com o apoio expresso do velho amigo Cássio Cunha Lima. Independente dos apoios de uns e de outros, o Peregrino está na estrada.
De longe observava a movimentação e pude perceber que o deputado federal Rômulo Gouveia, ao contrário do que supunha (a partir de declarações e passeios realizados com o prefeito da Capital por cidades do interior) parecia confortável com a proximidade do senador e pré-candidato, Lucena. Não houve fotos “surpresa” para mostrar o quanto estão ou poderão estar próximos. Não era uma relação “armada”, encenada, como a que foi traduzida na Festa do Coco, em Sousa.
Encerrada a refeição, quando ainda sorvíamos os últimos goles do néctar chileno “Cassillero del Diablo”, o anfitrião do almoço e colega do Departamento de Mídias Digitais da UFPB, Saint Clair Avelar nos apresenta (a mim e ao professor Olavo Mendes) ao senador. Terminadas as preliminares comuns às apresentações, o assunto da política entrou (ou voltou) a ser pauta.
Tranquilo, o Senador Lucena garante a candidatura ao governo do Estado nas eleições de 2010. E disse isso com a “serenidade e perseverança de peregrino”, que sabe das suas condições de concorrente e tem metas e objetivos traçados. “Um trecho por vez, como no Caminho de Santiago de Compostela”, Cícero garante “derrubar” ou vencer os obstáculos. O cansaço natural do longo trajeto será transformado em combustível para a jornada eleitoral.
Mas o senador do PSDB e pré-candidato não falou apenas da sua paciência de peregrino para com as agruras impostas por alguns dos companheiros(?) mais próximos. Falou do relacionamento com parte de imprensa e, sobretudo, das punhaladas que alguns velhos convivas tentam estocar-lhe nas costas. Mas, sobre estes temas e outros mais picantes o zeloso assessor de imprensa e competente, Carlos Cesar, pediu reservas e “off record”. E, de verdade, o clima não era nem pretendia ser de entrevista.
Os assuntos se misturaram entre as delícias do Caminho de Santiago e os desafios que pretende enfrentar e vencer. Acredita, como todo crente, na convivência do velho grupo político e sentenciou: juntos, seguramente estaremos no segundo turno e venceremos a eleição. Mas, se não for possível estarmos todos no mesmo palanque, seguramente contarei com parte significativa de companheiros e de partidos importantes.
Cícero Lucena é candidato com apoio da direção nacional do PSDB e de parte importante de seu partido na Paraíba. Os 14% registrados na pesquisa do Ibope que traduziu 101% (?) de intenções de votos nos três candidatos ao Governo da Paraíba, se procedentes, reforçam a força que detém junto ao eleitorado. Isso porque não conta com o apoio expresso do velho amigo Cássio Cunha Lima. Independente dos apoios de uns e de outros, o Peregrino está na estrada.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Cravos e Ferraduras
As análises sobre a atuação da grande imprensa brasileira em função das eleições para a sucessão do Presidente Lula têm sido expostas com muita propriedade e lucidez pelo cientista político e professor Doutor do Curso de História da UFPB, Flávio Lúcio (não confundir com outro nome parecido e de menor brilho nas análises).
Bem fundamentadas, as apreciações de Flávio Lúcio são leitura obrigatória para quem deseja entender os quase unificados comportamentos de âncoras e enfoques noticiosos da Rede Globo de televisão, dos jornais impressos Folha e Estado de São Paulo e das revistas semanais Veja e Época.
Estruturadas com refino, as ponderações do professor Flávio devem receber dos professores de curso de graduação em jornalismo e de pós-graduação em Comunicação a atenção necessária e o uso recorrente de parte significativa dos dados nelas contidos, a exemplo da distribuição de verbas oficiais em publicidade e propaganda, tanto nos governos Fernando Henrique quanto no de Lula da Silva:
"Segundo Franklin Martins (clique aqui), Secretário de Comunicação Social da Presidência da República, até 2003 apenas 499 veículos em 182 municípios repartiam essa verba entre si, sem nenhum critério mais rigoroso. Em 2008, o número de órgãos de comunicação que participaram da distribuição dessa verba, que chega a 1 bilhão de reais por ano, chegou a 5.297, distribuídos em 1.149 municípios.
O resultado disso é que, segundo Martins, “os jornais das outras capitais [fora do eixo que forma a grande imprensa] cresceram 41%, chegando a 1.630.883 exemplares em abril. As vendas dos jornais do interior subiram mais ainda: 61,7% (552.380). No caso dos jornais populares, a alta foi espetacular, de 121,4% (1.189.090 exemplares).” A tal grande imprensa, claro, não gosta nem um pouquinho disso, especialmente a Rede Globo, que abocanhava, sozinha, quase 90% das verbas de TV durante o governo FHC. Hoje, ela leva pouco mais de 52%, o que ainda representa números acima de sua audiência, mas trata-se de uma perda relevante, especialmente para um agrupamento empresarial que sempre teve relações carnais com o poder desde que os militares deram um golpe em 1964."
Por estas e outras sou seguidor rotineiro de seu blog: http://pensamentomultiplo.blogspot.com/
Bem fundamentadas, as apreciações de Flávio Lúcio são leitura obrigatória para quem deseja entender os quase unificados comportamentos de âncoras e enfoques noticiosos da Rede Globo de televisão, dos jornais impressos Folha e Estado de São Paulo e das revistas semanais Veja e Época.
Estruturadas com refino, as ponderações do professor Flávio devem receber dos professores de curso de graduação em jornalismo e de pós-graduação em Comunicação a atenção necessária e o uso recorrente de parte significativa dos dados nelas contidos, a exemplo da distribuição de verbas oficiais em publicidade e propaganda, tanto nos governos Fernando Henrique quanto no de Lula da Silva:
"Segundo Franklin Martins (clique aqui), Secretário de Comunicação Social da Presidência da República, até 2003 apenas 499 veículos em 182 municípios repartiam essa verba entre si, sem nenhum critério mais rigoroso. Em 2008, o número de órgãos de comunicação que participaram da distribuição dessa verba, que chega a 1 bilhão de reais por ano, chegou a 5.297, distribuídos em 1.149 municípios.
O resultado disso é que, segundo Martins, “os jornais das outras capitais [fora do eixo que forma a grande imprensa] cresceram 41%, chegando a 1.630.883 exemplares em abril. As vendas dos jornais do interior subiram mais ainda: 61,7% (552.380). No caso dos jornais populares, a alta foi espetacular, de 121,4% (1.189.090 exemplares).” A tal grande imprensa, claro, não gosta nem um pouquinho disso, especialmente a Rede Globo, que abocanhava, sozinha, quase 90% das verbas de TV durante o governo FHC. Hoje, ela leva pouco mais de 52%, o que ainda representa números acima de sua audiência, mas trata-se de uma perda relevante, especialmente para um agrupamento empresarial que sempre teve relações carnais com o poder desde que os militares deram um golpe em 1964."
Por estas e outras sou seguidor rotineiro de seu blog: http://pensamentomultiplo.blogspot.com/
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
RICARDO VOTARÁ NO CANDIDATO DO PSDB À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
O prefeito Ricardo Coutinho deve votar no candidato do PSDB à Presidência da República. A afirmação pode parecer presunção para alguém pouco afeito às rodas de interesse da política local. Mas, essa expectativa tem fundamento no pragmatismo adotado há mais de um ano pelo prefeito da Capital. As bases que sustentam a afirmativa do apoio a uma candidatura Tucana para suceder o presidente Lula seguem abaixo:
1) Ricardo precisa (mais do que quer) uma aliança com o PSDB em nível de Estado para compensar sua pequena ou escassa densidade eleitoral em algumas regiões do Estado.
2) Apesar das visitas ao apartamento do patriarca Tucano, Ronaldo Cunha Lima (antes condenada por Ricardo quando o pedinte de apoio foi o ex-petista e candidato a prefeito da Capital, Avenzoar Arruda) o apoio do PSDB depende do aval do seu presidente e senador Cícero Lucena.
3) O aval do senador Lucena não será concretizado, já que o PSDB nacional precisa de um palanque para o candidato a sucessão de Lula. A desistência de Cícero, portanto, só se dará para que outro defensor da candidatura nacional ocupe seu lugar, como querem os dirigentes do PSDB nacional.
4) Após a recusa em assumir a presidência do PSDB paraibano e da viagem turística pelos EUA, o governador cassado Cássio Cunha Lima (CCL) volta com a intenção de fazer a desistência do senador Cícero Lucena utilizando do abraço de jibóia, sufocando as pretensões de uma candidatura que ele pretendia natimorta. Para tanto, seus emissários e correligionários fazem coro para uma possível união das oposições em torno do nome do prefeito da Capital.
5) Cícero Lucena, sabedor da importância que tem uma candidatura do PSDB na Paraíba, enfrenta os ataques dos emissários de CCL com ataques as andanças do prefeito Coutinho pelo interior do Estado e pede que o Ministério Público averigue as origens dos gastos com transporte e pessoal. E se nega a compor com Ricardo Coutinho mesmo após acenos de integrantes do PSB para uma indicação do vice candidato a governador ou de facilitação para retorno dos ciceristas à Prefeitura de João Pessoa.
6) Cássio desloca alguns parlamentares federais (tucanos) da Paraíba para cercar integrantes do PSDB nacional, principalmente o presidente Sérgio Guerra, para que aconselhe a desistência de Cícero Lucena.
7) Essa condição da desistência do Cícero Lucena em favor de Ricardo Coutinho só terá sentido se o prefeito da Capital apoiar a candidatura do PSDB à Presidência da República. Neste caso, o senador e pré-candidato do PSDB paraibano perderia o discurso e teria que ceder ou ser “cedido”.
8) Cássio Cunha Lima estrebucha, espalha armadilhas como a fotografia na Festa do Coco da cidade de Sousa, aperta e tenta sufocar a candidatura de Cícero Lucena. O tempo/prazo vai, escorregando entre os dedos.
9) Cunha Lima diz a Ricardo que a composição só será possível se ele assume a candidatura do PSDB à Presidência da República. Trata-se de uma mera formalidade, já que ambos sabiam que, se não prosperasse as investidas para a desistência do senador Cícero Lucena ao Governo do Estado.
10) Ricardo Coutinho teatraliza, faz biquinho e consulta o “Imperativo” Ricardo Coutinho (antes Coletivo). Mas o discurso já estava sinalizado: “aliança se faz com partidos, não com pessoas”. Assume a candidatura do PSDB e sufoca Cícero Lucena. Resta-lhe convencer o eleitorado paraibano que pode fazer melhor que o ex-companheiro de jornadas eleitorais, o Governador e peemedebista José Maranhão.
Com os acenos e afagos trocados entre o deputado federal Ciro Gomes (PSB) e o governador Aécio Neves (PSDB), Ricardo teria facilitado o ato de assumir a candidatura do PSDB nacional. Alegaria simplesmente que, como homem de partido teria que votar em Aécio Neves.
Pauta para os jornalistas atuantes:
Saber do prefeito Ricardo Coutinho qual é seu candidato à Presidência da República. Alguém já sabe?
1) Ricardo precisa (mais do que quer) uma aliança com o PSDB em nível de Estado para compensar sua pequena ou escassa densidade eleitoral em algumas regiões do Estado.
2) Apesar das visitas ao apartamento do patriarca Tucano, Ronaldo Cunha Lima (antes condenada por Ricardo quando o pedinte de apoio foi o ex-petista e candidato a prefeito da Capital, Avenzoar Arruda) o apoio do PSDB depende do aval do seu presidente e senador Cícero Lucena.
3) O aval do senador Lucena não será concretizado, já que o PSDB nacional precisa de um palanque para o candidato a sucessão de Lula. A desistência de Cícero, portanto, só se dará para que outro defensor da candidatura nacional ocupe seu lugar, como querem os dirigentes do PSDB nacional.
4) Após a recusa em assumir a presidência do PSDB paraibano e da viagem turística pelos EUA, o governador cassado Cássio Cunha Lima (CCL) volta com a intenção de fazer a desistência do senador Cícero Lucena utilizando do abraço de jibóia, sufocando as pretensões de uma candidatura que ele pretendia natimorta. Para tanto, seus emissários e correligionários fazem coro para uma possível união das oposições em torno do nome do prefeito da Capital.
5) Cícero Lucena, sabedor da importância que tem uma candidatura do PSDB na Paraíba, enfrenta os ataques dos emissários de CCL com ataques as andanças do prefeito Coutinho pelo interior do Estado e pede que o Ministério Público averigue as origens dos gastos com transporte e pessoal. E se nega a compor com Ricardo Coutinho mesmo após acenos de integrantes do PSB para uma indicação do vice candidato a governador ou de facilitação para retorno dos ciceristas à Prefeitura de João Pessoa.
6) Cássio desloca alguns parlamentares federais (tucanos) da Paraíba para cercar integrantes do PSDB nacional, principalmente o presidente Sérgio Guerra, para que aconselhe a desistência de Cícero Lucena.
7) Essa condição da desistência do Cícero Lucena em favor de Ricardo Coutinho só terá sentido se o prefeito da Capital apoiar a candidatura do PSDB à Presidência da República. Neste caso, o senador e pré-candidato do PSDB paraibano perderia o discurso e teria que ceder ou ser “cedido”.
8) Cássio Cunha Lima estrebucha, espalha armadilhas como a fotografia na Festa do Coco da cidade de Sousa, aperta e tenta sufocar a candidatura de Cícero Lucena. O tempo/prazo vai, escorregando entre os dedos.
9) Cunha Lima diz a Ricardo que a composição só será possível se ele assume a candidatura do PSDB à Presidência da República. Trata-se de uma mera formalidade, já que ambos sabiam que, se não prosperasse as investidas para a desistência do senador Cícero Lucena ao Governo do Estado.
10) Ricardo Coutinho teatraliza, faz biquinho e consulta o “Imperativo” Ricardo Coutinho (antes Coletivo). Mas o discurso já estava sinalizado: “aliança se faz com partidos, não com pessoas”. Assume a candidatura do PSDB e sufoca Cícero Lucena. Resta-lhe convencer o eleitorado paraibano que pode fazer melhor que o ex-companheiro de jornadas eleitorais, o Governador e peemedebista José Maranhão.
Com os acenos e afagos trocados entre o deputado federal Ciro Gomes (PSB) e o governador Aécio Neves (PSDB), Ricardo teria facilitado o ato de assumir a candidatura do PSDB nacional. Alegaria simplesmente que, como homem de partido teria que votar em Aécio Neves.
Pauta para os jornalistas atuantes:
Saber do prefeito Ricardo Coutinho qual é seu candidato à Presidência da República. Alguém já sabe?
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Currículo de Jornalismo da UFPB caduca
Desde a semana passada, nas paredes corredores do bloco recém reformado do Departamento de Comunicação Social e Turismo, alguns cartazes, quase em tom de exigência, pedem apresentação de um novo Projeto Político Pedagógico para a habilitação de Jornalismo. Não sem razão, afinal de contas o currículo tem 29 anos de existência. Quando o currículo vigente na UFPB foi implementado, a Resolução 002 do Mec (que definia equipamentos necessários para atendimentos das necessidades de um curso universitário de jornalismo) ainda versava sobre máquinas de escrever.
O mundo mudou encurtando distâncias, a internet aproximou e até mesmo confundiu o produtor de conteúdos informativos (entre eles o jornalista) com os consumidores (que passaram a produzir em suportes como blogs, vlogs, etc), os jornais impressos enfrentam problemas com a perda de leitores e buscam adaptação às novas tecnologias, o Supremo Tribunal Federal derrubou a exigência do diploma para exercício da profissão de jornalista e, o curso de jornalismo ainda persiste no velho currículo implantado em nos idos de 1984.
Os estudantes sabem que, com o currículo que dispõe, perdem competitividade num mercado de trabalho super povoado de egressos dos cursos de jornalismo das universidades públicas e privadas. Essa batalha pela implementação de um currículo atualizado já dura quase três anos nas gavetas da coordenação do Curso de Comunicação Social.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
NOVELA MEXICANA
A ausência no evento patrocinado pelos integrantes do Partido Progressista e remanescentes do Grupo da Várzea (Ribeiro/Veloso/Borges), em Campina Grande, fez com que o governador cassado, Cássio Cunha Lima (CCL), tivesse que agüentar alguns desabafos de ghost writer ou porta-voz oficioso do prefeito Ricardo Coutinho. Sob o título “Cássio cadê você”, o jornalista/torcedor desfere alguns comentários sob encomenda cobrando definição do apoio ao prefeito da Capital e pleiteante ao Governo do Estado, Ricardo Coutinho (RC).
O jornalista/torcedor solicita aos seus leitores que compartilhem de sua análise da seguinte forma: “Tudo isso, analisem comigo, imprime um prejuízo incomensurável ao ex-governador. Cássio deixa de vincular a importância de seu apoio ao projeto do prefeito Ricardo Coutinho, rejeita convite de aliados políticos e, o pior, fica impedido de, publicamente, imprimir o tom de oposição ao governo Maranhão III.”
E não para por aí. Ele estabelece prazo para o governador cassado, CCL abrir o verbo e assumir de vez a paternidade ou apadrinhamento da candidatura de Ricardo Coutinho ao Governo do Estado e premedita: “Quando chegar essa hora, será momento de Cássio refletir se não chegou o momento de perder a ternura e endurecer o discurso.O que ele mesmo está prevendo para o final de novembro...”
De fato, o prefeito parecia muitíssimo desapontado com a ausência do padrinho de sua candidatura num momento que ele mesmo havia ajudado a preparar com mimos enviando à Campina Grande parte do seu staff de primeira linha. Queria ter a garantia da grandiosidade nas imagens de mãos dadas com CCL. Tanto assim que algumas pessoas perceberam, na entrega do prêmio de melhor jardim (uma destas perfumarias travestidas de concurso promovido pela Prefeitura Municipal de João Pessoa) um discurso de perda, enfadonho e desprovido de vigor.
Era o show esperado, a concretização de uma aproximação com a família que um dia o deputado Ricardo Coutinho havia taxado de oligarca, quando tentava concorrer à Prefeitura de João Pessoa, pelo Partido dos Trabalhadores, e tinha o deputado Luis Couto como opositor. “Esta aliança em Campina fere a resolução do PT de ser contra quem apóia FHC como Cássio. Depois, não se pode dar suporte a oligarquias que, há muito mandam na política do Estado”, afirmava Coutinho.
O fato é que o roteiro de novela mexicana preparado pelo staff do prefeito da Capital havia previsto os seguintes atos e cenas:
1) O staff de RC torcia para que Maranhão não assumisse o Governo do Estado, não sendo CCL cassado ou se o Tribunal Superior Eleitoral decretasse eleições indiretas.
2) Com qualquer dos resultados acima o staff do prefeito argumentaria para os partidos que estiveram juntos nas eleições de 2006 que Zé Maranhão não dispunha de fôlego para um novo pleito para o Executivo Estadual, em 2010, e apresentariam a candidatura do prefeito da Capital como alternativa que manteria o grupo unido.
3) Falhos na operação dos primeiros capítulos fizeram com que os roteiristas mudassem o final feliz imaginado. Buscaram o patriarca e senador atirador, Ronaldo Cunha Lima em sua residência, num comportamento já realizado por outro postulante a cargo executivo e cuja iniciativa foi considerada abominável.
4) Ricardo Coutinho pede para que esqueçam tudo que disse do grupo liderado pelos Cunha Lima e implora uma aliança com o tucanato na Paraíba.
5) O senador Cícero Lucena, mesmo com a promessa de volta a prefeitura de João Pessoa facilitada pelos integrantes do staff de Ricardo Coutinho, rejeita a parceria.
6) Indefinição do sucessor do patriarca, mesmo que seus vassalos já tenham quase que em totalidade bandeado para a candidatura do PSB.
7) Ghost Writer prevê para ainda este mês o rompimento oficial dos oligarcas Cunha Lima (segundo Ricardo Coutinho) com o senador Cícero Lucena.
8) Ato 1 - anúncio dos comerciais, suspense para o próximo capítulo.
Derval Golzio
O jornalista/torcedor solicita aos seus leitores que compartilhem de sua análise da seguinte forma: “Tudo isso, analisem comigo, imprime um prejuízo incomensurável ao ex-governador. Cássio deixa de vincular a importância de seu apoio ao projeto do prefeito Ricardo Coutinho, rejeita convite de aliados políticos e, o pior, fica impedido de, publicamente, imprimir o tom de oposição ao governo Maranhão III.”
E não para por aí. Ele estabelece prazo para o governador cassado, CCL abrir o verbo e assumir de vez a paternidade ou apadrinhamento da candidatura de Ricardo Coutinho ao Governo do Estado e premedita: “Quando chegar essa hora, será momento de Cássio refletir se não chegou o momento de perder a ternura e endurecer o discurso.O que ele mesmo está prevendo para o final de novembro...”
De fato, o prefeito parecia muitíssimo desapontado com a ausência do padrinho de sua candidatura num momento que ele mesmo havia ajudado a preparar com mimos enviando à Campina Grande parte do seu staff de primeira linha. Queria ter a garantia da grandiosidade nas imagens de mãos dadas com CCL. Tanto assim que algumas pessoas perceberam, na entrega do prêmio de melhor jardim (uma destas perfumarias travestidas de concurso promovido pela Prefeitura Municipal de João Pessoa) um discurso de perda, enfadonho e desprovido de vigor.
Era o show esperado, a concretização de uma aproximação com a família que um dia o deputado Ricardo Coutinho havia taxado de oligarca, quando tentava concorrer à Prefeitura de João Pessoa, pelo Partido dos Trabalhadores, e tinha o deputado Luis Couto como opositor. “Esta aliança em Campina fere a resolução do PT de ser contra quem apóia FHC como Cássio. Depois, não se pode dar suporte a oligarquias que, há muito mandam na política do Estado”, afirmava Coutinho.
O fato é que o roteiro de novela mexicana preparado pelo staff do prefeito da Capital havia previsto os seguintes atos e cenas:
1) O staff de RC torcia para que Maranhão não assumisse o Governo do Estado, não sendo CCL cassado ou se o Tribunal Superior Eleitoral decretasse eleições indiretas.
2) Com qualquer dos resultados acima o staff do prefeito argumentaria para os partidos que estiveram juntos nas eleições de 2006 que Zé Maranhão não dispunha de fôlego para um novo pleito para o Executivo Estadual, em 2010, e apresentariam a candidatura do prefeito da Capital como alternativa que manteria o grupo unido.
3) Falhos na operação dos primeiros capítulos fizeram com que os roteiristas mudassem o final feliz imaginado. Buscaram o patriarca e senador atirador, Ronaldo Cunha Lima em sua residência, num comportamento já realizado por outro postulante a cargo executivo e cuja iniciativa foi considerada abominável.
4) Ricardo Coutinho pede para que esqueçam tudo que disse do grupo liderado pelos Cunha Lima e implora uma aliança com o tucanato na Paraíba.
5) O senador Cícero Lucena, mesmo com a promessa de volta a prefeitura de João Pessoa facilitada pelos integrantes do staff de Ricardo Coutinho, rejeita a parceria.
6) Indefinição do sucessor do patriarca, mesmo que seus vassalos já tenham quase que em totalidade bandeado para a candidatura do PSB.
7) Ghost Writer prevê para ainda este mês o rompimento oficial dos oligarcas Cunha Lima (segundo Ricardo Coutinho) com o senador Cícero Lucena.
8) Ato 1 - anúncio dos comerciais, suspense para o próximo capítulo.
Derval Golzio
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Out-doors, eleições 2010 e uso de terreno público
Há um ano das eleições (Presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais) as empresas que trabalham com out-doors já renovam as estruturas para a fixação das peças publicitárias, muitas delas em terrenos públicos.
Muita grana deve movimentar as empresas publicitárias que operam no Estado em ano eleitoral. A disputa pelos espaços onde o fluxo de consumidores/eleitores é grande pode gerar uma renda extra para os espaços privados localizados em pontos estratégicos.
Da mesma forma, os espaços públicos devem ser remunerados por agências que tratam com a veiculação de out-doors. E não devem ser cobrados preços irrisórios, só para constar. Eles devem ser pagos em função de sua localização estratégica.
Os espaços entre a UFPB e o Ibama, por exemplo, já possui tanto out-doors quanto vegetação nativa, que configura a Mata Atlântica. Alguém já se perguntou quanto cobram as instituições federais responsáveis pelas áreas (como a da foto acima) situadas a margem da rodovia federal? Se ainda não pagam esta é uma boa oportunidade para o reitor da UFPB e a direção do Ibama arrecadarem alguma grana pelo uso do espaço e, com ela, propiciar algumas melhoras nas instituições.
De quebra, a Polícia Rodoviária Federal e o Dnit poderiam ainda exigir o reparo do meio fio danificado pelos caminhões que usam o espaço para as reformas nas estruturas dos out-doors.
Muita grana deve movimentar as empresas publicitárias que operam no Estado em ano eleitoral. A disputa pelos espaços onde o fluxo de consumidores/eleitores é grande pode gerar uma renda extra para os espaços privados localizados em pontos estratégicos.
Da mesma forma, os espaços públicos devem ser remunerados por agências que tratam com a veiculação de out-doors. E não devem ser cobrados preços irrisórios, só para constar. Eles devem ser pagos em função de sua localização estratégica.
Os espaços entre a UFPB e o Ibama, por exemplo, já possui tanto out-doors quanto vegetação nativa, que configura a Mata Atlântica. Alguém já se perguntou quanto cobram as instituições federais responsáveis pelas áreas (como a da foto acima) situadas a margem da rodovia federal? Se ainda não pagam esta é uma boa oportunidade para o reitor da UFPB e a direção do Ibama arrecadarem alguma grana pelo uso do espaço e, com ela, propiciar algumas melhoras nas instituições.
De quebra, a Polícia Rodoviária Federal e o Dnit poderiam ainda exigir o reparo do meio fio danificado pelos caminhões que usam o espaço para as reformas nas estruturas dos out-doors.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
2010 sem Radical?
Lí com tristeza a notícia em que Antonio Radical diz sair por motivações pessoais do PSTU e não vai mais candidatar-se a cargos executivos. Sua saída da política eleitoral (pelo que deixou claro em carta) não o impedirá de tentar organizar a Conlutas (Central Sindical) em nível da Paraíba e nacional.
As razões para sentir imenso pesar com a notícia da saída de Radical da disputa eleitoral de 2010 se deve a ,talvez, perda da única candidatura autêntica e verdadeira do cenário político paraibano. Quem do PSTU o suceder na disputa do Executivo estadual do próximo ano disputará com os parcos recursos com pelo menos três candidaturas de grande poder monetário.
O próximo candidato do PSTU terá ainda que enfrentar internamente seu maior rival: a lembrança de Antonio Radical. Seu vozeirão (que pode esconder um viés autoritário ou perda de audição) fará falta pela sinceridade com que expunha idéias e críticas aos concorrentes.
Melhor. Radical deixará marcada sua ausência no pleito de 2010, sobretudo por acreditar no que fala, diferentemente dos candidatos já apresentados na disputa pelo Governo do Estado. Digo que é a única candidatura confiável (não porque compartilho de suas idéias), mas porque confio no que diz acreditar.
Estudei, mesmo que por curto período, com a geração Radical no Curso de Comunicação (jornalismo) da UFPB. Participamos juntos, com outras dezenas de entusiasmados “porralocas”, da gestão do Centro Acadêmico do Povo. Fase importante do Movimento Estudantil de Comunicação onde todos os estudantes podiam ser diretores do Centro Acadêmico Wladmir Herzog. Bastava querer e já passava a diretor, sem urnas nem votos.
Com uma filosofia proto-anarquista, o Centro Acadêmico de Comunicação Social da UFPB era uma Babel de ideologias e “porraloquices”. Mas, naquele turbilhão de interesses a sinceridade de Antonio Radical jamais foi contestada. Divergíamos, mas confiávamos no que ele dizia acreditar. Caráter não se compra na esquina nem em momentos pré-eleitorais. Radical fará falta no pleito de 2010.
As razões para sentir imenso pesar com a notícia da saída de Radical da disputa eleitoral de 2010 se deve a ,talvez, perda da única candidatura autêntica e verdadeira do cenário político paraibano. Quem do PSTU o suceder na disputa do Executivo estadual do próximo ano disputará com os parcos recursos com pelo menos três candidaturas de grande poder monetário.
O próximo candidato do PSTU terá ainda que enfrentar internamente seu maior rival: a lembrança de Antonio Radical. Seu vozeirão (que pode esconder um viés autoritário ou perda de audição) fará falta pela sinceridade com que expunha idéias e críticas aos concorrentes.
Melhor. Radical deixará marcada sua ausência no pleito de 2010, sobretudo por acreditar no que fala, diferentemente dos candidatos já apresentados na disputa pelo Governo do Estado. Digo que é a única candidatura confiável (não porque compartilho de suas idéias), mas porque confio no que diz acreditar.
Estudei, mesmo que por curto período, com a geração Radical no Curso de Comunicação (jornalismo) da UFPB. Participamos juntos, com outras dezenas de entusiasmados “porralocas”, da gestão do Centro Acadêmico do Povo. Fase importante do Movimento Estudantil de Comunicação onde todos os estudantes podiam ser diretores do Centro Acadêmico Wladmir Herzog. Bastava querer e já passava a diretor, sem urnas nem votos.
Com uma filosofia proto-anarquista, o Centro Acadêmico de Comunicação Social da UFPB era uma Babel de ideologias e “porraloquices”. Mas, naquele turbilhão de interesses a sinceridade de Antonio Radical jamais foi contestada. Divergíamos, mas confiávamos no que ele dizia acreditar. Caráter não se compra na esquina nem em momentos pré-eleitorais. Radical fará falta no pleito de 2010.
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