As análises sobre a atuação da grande imprensa brasileira em função das eleições para a sucessão do Presidente Lula têm sido expostas com muita propriedade e lucidez pelo cientista político e professor Doutor do Curso de História da UFPB, Flávio Lúcio (não confundir com outro nome parecido e de menor brilho nas análises).
Bem fundamentadas, as apreciações de Flávio Lúcio são leitura obrigatória para quem deseja entender os quase unificados comportamentos de âncoras e enfoques noticiosos da Rede Globo de televisão, dos jornais impressos Folha e Estado de São Paulo e das revistas semanais Veja e Época.
Estruturadas com refino, as ponderações do professor Flávio devem receber dos professores de curso de graduação em jornalismo e de pós-graduação em Comunicação a atenção necessária e o uso recorrente de parte significativa dos dados nelas contidos, a exemplo da distribuição de verbas oficiais em publicidade e propaganda, tanto nos governos Fernando Henrique quanto no de Lula da Silva:
"Segundo Franklin Martins (clique aqui), Secretário de Comunicação Social da Presidência da República, até 2003 apenas 499 veículos em 182 municípios repartiam essa verba entre si, sem nenhum critério mais rigoroso. Em 2008, o número de órgãos de comunicação que participaram da distribuição dessa verba, que chega a 1 bilhão de reais por ano, chegou a 5.297, distribuídos em 1.149 municípios.
O resultado disso é que, segundo Martins, “os jornais das outras capitais [fora do eixo que forma a grande imprensa] cresceram 41%, chegando a 1.630.883 exemplares em abril. As vendas dos jornais do interior subiram mais ainda: 61,7% (552.380). No caso dos jornais populares, a alta foi espetacular, de 121,4% (1.189.090 exemplares).” A tal grande imprensa, claro, não gosta nem um pouquinho disso, especialmente a Rede Globo, que abocanhava, sozinha, quase 90% das verbas de TV durante o governo FHC. Hoje, ela leva pouco mais de 52%, o que ainda representa números acima de sua audiência, mas trata-se de uma perda relevante, especialmente para um agrupamento empresarial que sempre teve relações carnais com o poder desde que os militares deram um golpe em 1964."
Por estas e outras sou seguidor rotineiro de seu blog: http://pensamentomultiplo.blogspot.com/
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