quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Professor da UFPB e pesquisador das HQs diz porque não vota em Ricardo

Recebi o texto abaixo (via email) do professor do Departamento de Mídias Digitais da UFPB, Dr. Henqique Magalhães, pesquisador e autor de  "Maria" de um dos quadrinhos mais engajados do Estado. Magalhães, pode-se dizer é um dos personagens de nossa terra envolvido com a produção cultural e parece ter opinião bastante próximas das que esbocei neste mesmo dia.
Derval


Mandei o texto abaixo em resposta a uma carta que recebi, de uns militantes em apoio a Ricardo Coutinho. É isto o que tenho a dizer destas eleições (se achar que vale a pena, pode reproduzir). 
Abraço, Henrique

Por que não voto em Ricardo


Sem dúvida, Ricardo foi um bom prefeito de nossa cidade, mas temos que considerar umas coisas, antes de lhe declarar o voto incondicional e entusiasta. Para se eleger prefeito, Ricardo escorou-se na popularidade e força política de Maranhão, o que foi lamentável (uma prova de falta de ousadia política e de confiança em si mesmo). Hoje os que defendem a candidatura de Ricardo Coutinho ao governo execram Maranhão como sendo o que há de pior na política, como se o estado fosse afundar com ele, como se não fosse possível sobreviver a mais quatro anos do atual governador.

Se essa associação espúria já era condenável, embora tolerada por muitos em nome do girassol radiante de Ricardo, imagine agora, que trocou o ruim pelo nefasto, associando-se ao que há de mais reacionário e fisiológico na política paraibana, pelo que representa as oligarquias e o novo-coronelismo! Juntar-se a um ex-governador cassado é estar de mãos dadas com um político desonesto, e não era isso o que se esperava de Ricardo, até então um político íntegro.

Seria melhor que Ricardo tivesse continuado na prefeitura, honrando o mandato que o povo lhe confiou, em vez de se jogar em aventuras políticas desastrosas e que só servem para desonrar seu nome. A ambição de querer levar, neste momento, os benefícios executados na capital para todo o estado expõe não só a falta de visão estratégica como o egocentrismo de um político que troca os pés pelas mãos, que na ânsia de poder transformou sua história numa “galinha dos ovos de ouro”.

Henrique Magalhães



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