quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Exercício futurólogo: Cássio e Efraim mandarão num possível Governo de Ricardo Coutinho?

A segunda etapa da eleição para governador ainda não foi concluída e pelo placar ainda é impossível dizer quem será o próximo ocupante do Palácio da Redenção. A proposição que se faz agora é de um exercício simples: imaginar Ricardo Coutinho como eleito. As pendências jurídicas que envolvem o ex-governador cassado (e impedido de momento), pela Lei da Ficha Limpa, Cássio Cunha Lima, e a derrota do senador da CPI do Fim do Mundo, Efraim Morais, apontam para uma composição de governo, no mínimo interessante.
...se é que me entendem...
Pois bem, Efraim Morais ocupará as pastas ou secretarias da Infraestrutura e do Transportes. Sua formação profissional e sua capacidade de engenharia, sobretudo com funcionárias fantasmas e com o nepotismo garantirão verdadeiros trens da alegria. Pavimentando estradas desta natureza, o futuro governo Coutinho poderá gerar milhares de empregos para a região de Santa Luzia.
Efraim deverá implementar as mesmas ações que fez quando secretário do Senado Federal (ver caso das verbas para sites e portais de notícia) e onde, de fato, pós-graduou-se. Como alguns deputados eleitos são de sua inteira confiança e proximidade ideológica, não estranhe o leitor se qualquer carão que Coutinho tente implementar tenha na Assembléia Legislativa um severo castigo. O DEM possui quatro deputados na nova composição na Casa de Epitácio Pessoa.
E o ex-governador Cássio Cunha Lima, onde entra nisso? Pois bem, ele ocupará a pasta da Articulação Política e, ao mesmo tempo, será também responsável pela Comunicação. Sabe como é, com a Mix (empresa publicitária quase exclusiva em seu governo) Cunha Lima tem uma relação de simbiose. Se o cidadão quer entender o siginicado de simbiose que veja as cifras pagas pelos governos Cunha Lima a Mix: são milhões de reais, suficientes para erradicar milhares de famílias de casas e lugares insalubres da Paraíba. E essa história não se apaga com o excessivo teor maniqueísta de uma campanha eleitoral.
Mas, Ricardo Coutinho não permitirá isso. Ele é cabra-macho. Então os deputados fiéis a Cunha Lima empreenderam uma pequena revolução parlamentar e não mais votarão os projetos do Executivo. O PSDB elegeu quatro deputados estaduais e todps sabem que as amizades entre Cássio e Efraim vão além das eleições. São intestinais, quase ideológicas. Então o cidadão refaz os cálculos e soma os deputados pro Efraim Morais com os votos dos deputados Cássio Cunha Lima. Oxente!!! Quem ficará com Ricardo?
Só restará a Coutinho o PMDB e alguns poucos desgarrados deputados de legendas nanicas (PTN, PSC, PPS, PSL e PT do B). Mas, as agremiações partidárias nanicas também estarão divididas entre situação (leia-se Efraim Morais e Cássio Cunha Lima) e oposição integrada pelo PMDB. Aí Ricardo terá que exercitar suas qualidades de pêndulo. Hora para a esquerda, hora para a direita, hora para o centro. Mas, novamente terá que chamar ou conclamar os deputados do PMDB ou sujeitar-se aos que, de fato terão poder na sua gestão.
Alguém pode ainda tentar argumentar e a bancada de Ricardo Coutinho, a do PSB? A resposta é simples. Ela conta com a deputada e esposa de Zenóbio Toscano e Cassista, Lá Toscano; com o vereador Edmilson Soares e Adriano Galdino. Esse mesmo alguém pode argumentar ainda que: O excessivo teor maniqueísta de uma campanha eleitoral não pode apagar a história”. Mas, matemática e política, apesar de não terem nada a ver, as vezes revelam mais que alguns exercícios de retórica. No mais, com Ricardo Coutinho, mandarão Cássio e Efraim.

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