quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Os eleitores campinenses e a fábula do Galo Chantecler

O galo de fazenda chamado Chantecler acreditava que seu canto era o responsável pelo nascimento diário do sol. Não só o galo, mas todos os outros animais do lugar acreditavam no canto mágico, o que tornava Chantecler muito popular na fazenda onde morava. Certo dia, o Grão-Duque dos Mochos (corujas), que estava sempre incomodado com a luz do sol, manda um de seus capangas até a fazenda brigar com Chantecler no intuito de impedi-lo de cantar para o sol. Chantecler consegue vencer os capangas, mas, com a balburdia da briga, acaba esquecendo de cantar para o sol, que dava seus sinais de luz no horizonte sem a necessidade do canto. Após perceberem que o sol podia nascer sem que Chantecler cantasse, todos os animais da fazenda o ridicularizam e o acusam de impostor.

Caro anônimo,
O Galo acreditava que o sol nascia após cantar
Concordo com parte de sua argumentação, mais precisamente sobre as qualidades de alguns parlamentares eleitos. Não compartilho com a totalidade dos nomes que mencionas e que julgas serem péssimos representantes campinenses nos planos estadual e nacional. Mas dizer que o campinense não sabe votar é muito!!! É demais. Por dois pleitos seguidos o eleitor de Campina Grande, por exemplo, deu sinais de maturidade ao eleger Veneziano Vital ao invés do pesado,  insosso e representante do que existe de mais atrasado na política paraibana.
Não concordo com o argumento de que Cássio é apenas uma escada para Ricardo Coutinho e que ele se presta a step para o pessoense chegar ao Palácio da Redenção. Ele é, de fato, bom de voto. Mas ruim na Lei.E esse detalhe deverá persegui-lo por mais alguns anos, de acordo com a Lei da Ficha Limpa.
O fato é que Campina Grande não tem candidato e vai ter que se render ao poderio de João Pessoa. Campina está e estará por muito tempo sob domínio da Capital, caso Coutinho ganhe as eleições. Isso é fato. Senão vejamos: Cássio, mesmo que venha ser considerado senador eleito (o que é muito difícil), não poderá concorrer ao Governo do Estado nas próximas eleições, já que a ressalva do seu caso seria da não aplicação da Lei da Ficha Limpa somente para este ano.
A outra opção campinense será Veneziano Vital, mas que sem o Governador Zé Maranhão no Palácio da Redenção, terá suas chances reduzidas ao extremo. Sem contar que, caso Ricardo Coutinho ganhe a eleição, o futuro prefeito de Campina Grande passará também pelas vontades do pessoense. Resumindo: Campina e os campineses terão que engolir um pessoense e aguentar a intensificação das galhofas, das piadas de buteco.
Pelo teor do seu comentário, imagino que você seja um desses deslumbrados seguidores de Ricardo Coutinho. Julgo até que seja integrante do setor cultural e mais precisamente da área de música (única que se beneficiou nas gestões socialista na PMJP). Ou seja, um desses pessoenses inconformados com progresso campinense, que não concebe como as equipes de futebol da Rainha da Boroborema são mais eficazes que os caneleiros times Botafogo e Auto Esporte, como passou a ser referência na área da tecnologia, etc. Os Campinenses estão atentos aos desaforos de pessoenses como você, meu caro anônimo

Postagem dedicada aos eleitores campinenses



(] ) A fábula é uma narrativa que surgiu no Oriente, mas foi particularmente desenvolvida por Esopo, escravo que viveu no século VI a.C., na Grécia antiga. Suas histórias tinham os animais como personagens centrais. Através dos diálogos entre as espécies da narrativa busca transmitir aos leitores mensagens de caráter moral, como exemplo para o ser humano. As qualidades de cada animal simbolizam aspectos que mantém referência com características do homem. Na fábula da formiga e a cigarra, por exemplo, o trabalho e a preguiça são as qualidades ressaltadas.

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