segunda-feira, 18 de outubro de 2010

POLÍTICA PENDULAR

O crescimento do presidenciável tucano José Serra na Paraíba não deve ser percebido como novidade. Este esperado aumento das intenções de voto no candidato paulista integra as previsões dos assumidos defensores da candidatura do PSDB à Presidência da República no estado: os candidatos ao senado pelo PSDB, Cássio Cunha Lima (registro ainda indeferido) e DEM, Efraim Morais (derrotado). Junto a eles, um candidato ao Governo do Estado refém e dependente dos votos tucanos.
Uma campanha como a que se registra em 2010 tem caráter nacional e a Paraíba não é uma ilha isolada dos fatores políticos eleitorais externos. De um lado os defensores da candidatura Dilma, de outro os defensores dos ricaços paulistas representados por José Serra.
Ricardo Coutinho não mais mencionará com a mesma ênfase que é eleitor de Dilma para não afugentar os eleitores (principalmente os de Campina Grande) e como forma de vingança por Lula ter aparecido no programe eleitoral do candidato Zé Maranhão. João Pessoa, mais progressista, ainda manterá os votos em Dilma pelo reconhecimento do excelente trabalho realizado pelo governo Lula. Campina, ao contrário, sem opções e candidato nascido e criado na terra, teve que seguir a opção do tucano Cássio Cunha Lima, quer para a Presidência da República, quer para o Executivo Estadual.
E, o crescimento de Serra já gera desconfortos: o prenúncio da vaia no deputado petista Luiz Couto revela que os apupos poderão ser ainda maiores. O leitor não estranhe se a coordenação da campanha do candidato do PSB resolver esconder Luiz Couto, a exemplo do que está fazendo com Efraim Morais. As aparições do padre deputado só será franqueada em cidades com características progressistas, como é o caso de João Pessoa. Desta forma, a política pendular de  começa a ser efetivada.



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